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"Nunca cedas. Nunca cedas. Nunca, nunca, nunca, nunca—em nada, grande ou pequeno, grande ou trivial—nunca cedas, exceto às convicções de honra e bom senso. Nunca cedas à força. Nunca cedas ao poder aparentemente esmagador do inimigo."
Winston Churchill na Escola Harrow em 29 de outubro de 1941.
O equilíbrio entre pessoas que trabalham por conta própria e aquelas que são empregadas tem um impacto significativo na economia de qualquer país. Em Portugal, o empreendedorismo é considerado um motor essencial para o dinamismo empresarial e o crescimento económico.
Em Portugal, a distribuição entre empreendedores e trabalhadores assalariados mostra uma predominância significativa de trabalhadores assalariados em comparação com os empreendedores. De acordo com os dados mais recentes, aproximadamente 71,8% da força de trabalho está empregada por pequenas e médias empresas (PMEs), que constituem 99,7% de todas as empresas no país.
Estudos indicam que cerca de 0,8% dos empresários eventualmente retornam ao mercado de trabalho assalariado devido a vários desafios, incluindo o insucesso empresarial.
De acordo com os dados do Banco de Portugal, uma pequena percentagem dos trabalhadores em Portugal opta pelo empreendedorismo. Destes, cerca de 0,8% são empresários que eventualmente retornam ao trabalho por conta de outrem. Esta decisão, muitas vezes forçada pelo insucesso empresarial, acarreta perdas salariais significativas.
Os empreendedores desempenham um papel crucial na economia ao criar novas empresas, gerar emprego e promover a inovação.
As empresas recém-criadas são responsáveis por uma parte significativa do crescimento económico e da criação de emprego em Portugal.
Os dados indicam que os empresários que retornam ao trabalho assalariado sofrem uma perda salarial imediata de 18%, que se mantém em 5% a longo prazo, ao longo de 14 anos.
Esta perda é ainda maior para aqueles com maior nível de instrução, como o ensino secundário ou superior, cujas perdas salariais imediatas variam entre 18-22% sem qualquer recuperação no prazo de 14 anos .
Além disso, a experiência empresarial prolongada agrava as perdas salariais. Empresários com mais anos de experiência empresarial registam perdas salariais mais significativas ao regressarem ao trabalho assalariado.
Por exemplo, aqueles com cinco anos de experiência empresarial sofrem uma perda salarial 3 pontos percentuais superior em comparação com os que têm apenas um ano de experiência. Esta perda aumenta para 6 pontos percentuais para aqueles com dez anos de experiência .
O empreendedorismo é vital para a economia, contribuindo significativamente para a criação de emprego e inovação.
No entanto, os empresários que falham e regressam ao trabalho assalariado enfrentam desafios consideráveis, incluindo perdas salariais substanciais e persistentes.
Estes dados sublinham a necessidade de políticas que apoiem os empresários, tanto na fase inicial da criação da empresa quanto no caso de insucesso.
Fonte: https://infobank.pt