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Portugal é um membro da Zona Euro e tem sido profundamente influenciado pelas políticas monetárias e fiscais da UE.
Vamos ver como a taxa de câmbio Euro vs USD se comportou ao longo dos últimos 15 anos, identificando períodos de alta volatilidade ou estabilidade notável.
Eventos econômicos e políticos relevantes que foi:
- Crise financeira global (2008-2009)
- Crise da dívida na Zona Euro (2010-2012)
- Decisões de política monetária pelo Fed e pelo BCE
- Impacto da pandemia de COVID-19 (2020-2022)
- Tensões geopolíticas e seus efeitos (como o Brexit, as eleições presidenciais nos EUA, etc.)
- Invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 e suas consequências econômicas
Vamos começar visualizando a evolução da taxa de câmbio ao longo dos últimos 15 anos para ter uma ideia melhor das tendências.
O gráfico acima mostra a evolução da taxa de câmbio entre o dólar americano e o euro de 2008 a 2023.
Vamos agora proceder com a análise detalhada de alguns dos eventos significativos que podem ter influenciado essas flutuações cambiais durante este período:
1. Crise Financeira Global (2008-2009)
Durante a crise financeira global, houve uma fuga para a segurança, com investidores preferindo o dólar americano, o que levou a uma apreciação do dólar contra o euro. O impacto foi mais sentido em 2008 e início de 2009.
A crise desencadeou uma recessão profunda em várias economias da UE. A resposta incluiu pacotes de estímulo e políticas monetárias expansivas pelo Banco Central Europeu.
Portugal foi severamente afetado pela crise, que exacerbou os problemas de dívida pública e déficits elevados, levando a medidas de austeridade rigorosas.
2. Crise da Dívida da Zona Euro (2010-2012)
A crise da dívida soberana na Europa, particularmente em países como Grécia, Irlanda, resultou numa depreciação do euro, conforme os investidores temiam o risco de default e potenciais saídas do euro.
A crise da dívida destacou as fragilidades da união monetária sem uma união fiscal completa. A UE e o BCE intervieram com fundos de resgate e políticas de compra de dívida para estabilizar os mercados.
Em 2011, Portugal recebeu um resgate financeiro da Troika (UE, BCE e FMI) devido à sua incapacidade de refinanciar a dívida pública. Em troca, Portugal implementou severas medidas de austeridade.
Nos anos seguintes às crises, a UE focou-se em reforçar a integração econômica e a estabilidade financeira, resultando em lenta, porém progressiva, recuperação econômica.
Após a implementação do programa de austeridade e reformas estruturais, Portugal começou a mostrar sinais de recuperação econômica em meados da década de 2010, com crescimento do PIB, redução do desemprego e aumento do investimento estrangeiro.
3. Pandemia de COVID-19 (2020-2022)
A pandemia levou a uma volatilidade significativa nos mercados financeiros. Inicialmente, o euro depreciou devido à incerteza, mas recuperou-se conforme os planos de recuperação econômica foram implementados na Europa.
O BCE e as instituições europeias responderam com pacotes de estímulo sem precedentes para apoiar as economias membro.
Como muitos países, Portugal enfrentou uma crise econômica significativa devido à pandemia. O governo implementou várias medidas fiscais para apoiar cidadãos e empresas.
4. Tensões Geopolíticas
Eventos como o Brexit e as eleições presidenciais nos EUA tiveram impactos notáveis na confiança do mercado e, por conseguinte, nas taxas de câmbio. O Brexit, em particular, aumentou a incerteza na Europa, afetando o euro.
5. Invasão da Ucrânia pela Rússia (2022)
Este evento recente levou a uma fuga para a segurança, com muitos investidores optando por moedas consideradas mais seguras como o dólar, resultando numa depreciação do euro em relação ao dólar.
A UE continua a desenvolver políticas para aumentar a resiliência econômica e a integração, com ênfase na transição ecológica e digital como pilares para o crescimento futuro.
Portugal tem se beneficiado de fundos da UE para modernizar sua economia, com foco em tecnologia, energia renovável e infraestrutura turístic
Esses eventos são apenas alguns dos fatores que influenciam a taxa de câmbio USD/EUR. A correlação entre eventos políticos e econômicos e flutuações cambiais oferece insights importantes sobre como os mercados reagem a incertezas e políticas monetárias.
E mais as políticas divergentes entre o Federal Reserve (Fed) dos EUA e o Banco Central Europeu (BCE) frequentemente influenciam a taxa de câmbio.
Por exemplo, quando o Fed aumenta as taxas de juros enquanto o BCE as mantém baixas ou as reduz, geralmente vemos uma valorização do dólar frente ao euro.
Fonte: https://infobank.pt