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​Governo e Bancos unem esforços para apoiar o setor Vitivinícola

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O setor vitivinícola em Portugal enfrenta uma das crises  marcada pelo excesso de stocks e pela queda nos preços dos vinhos.

Em resposta a esta situação, o Governo Português, através do Ministério da Agricultura e Pescas, anunciou uma linha de crédito de 100 milhões de euros, com juros bonificados, destinada a apoiar produtores de vinho e fornecedores de uvas. Esta linha de crédito junta-se a várias iniciativas do setor bancário para fornecer apoio financeiro às empresas em dificuldades, criando um ambiente mais favorável para a recuperação da viticultura no país.

A linha de crédito, intitulada "Linha de Tesouraria — Setor Vinícola", foi anunciada como uma medida estratégica e urgente, visando fornecer liquidez a cooperativas e empresas envolvidas na transformação de uvas em vinho. Segundo o Ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, a linha de crédito funcionará como um mecanismo de regularização de pagamentos em atraso, nomeadamente relativos à colheita de 2023. 

Apenas as cooperativas e empresas que efetuarem pagamentos aos produtores de uvas poderão aceder a esta linha de crédito, o que demonstra o compromisso do Governo em apoiar não apenas os grandes produtores, mas também os pequenos viticultores.
 

Além do apoio governamental, várias instituições bancárias portuguesas estão a oferecer linhas de crédito complementares, especialmente desenhadas para o setor vinícola. Entre os bancos que anunciaram medidas de apoio estão o Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Novo Banco, o Banco BPI e o Millennium BCP.

Estas instituições estão a trabalhar em sintonia com o Governo para facilitar o acesso ao crédito com condições de pagamento flexíveis, proporcionando uma rede de segurança adicional aos produtores e cooperativas.

Os bancos têm adotado políticas de prorrogação de prazos de pagamento para créditos pré-existentes, com redução de taxas de juro e períodos de carência para permitir que os produtores ganhem tempo para reequilibrar as suas finanças. O Banco BPI, por exemplo, lançou recentemente um pacote de apoio ao setor agrícola, onde o setor vinícola é uma prioridade, oferecendo prazos de pagamento até cinco anos, com um período de carência de 12 meses.

Além do crédito convencional, algumas instituições bancárias estão a promover uma nova abordagem de financiamento com foco na sustentabilidade, conhecida como Crédito Verde. Este tipo de crédito oferece condições preferenciais a empresas vinícolas que demonstrem um compromisso com práticas sustentáveis, como a redução do uso de pesticidas, a gestão eficiente de água e a promoção da biodiversidade nas vinhas.

O Novo Banco e a CGD têm sido pioneiros nesta área, oferecendo produtos financeiros destinados a apoiar projetos que promovam a sustentabilidade ambiental. Para os produtores vinícolas que apostam em métodos de cultivo biológico ou em tecnologias de vinificação mais ecológicas, o Crédito Verde pode ser uma solução viável para continuar a produzir vinhos de alta qualidade de forma mais sustentável e respeitosa para com o meio ambiente.

Fonte: https://infobank.pt


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