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As taxas de juro implícitas no crédito à habitação são um dos indicadores mais relevantes para quem tem ou pretende adquirir um imóvel através de financiamento bancário.
O que é a taxa de juro implícita?
A taxa de juro implícita reflete o custo médio do crédito à habitação para os mutuários. Em termos práticos, esta taxa é calculada com base na relação entre os juros totais pagos no mês de referência e o capital em dívida no início desse mesmo mês.
Por exemplo:
Se num determinado mês o total de juros pagos foi de 200 euros e o capital em dívida no início do mês era de 50.000 euros, a taxa de juro implícita será calculada com base nesta proporção.
A taxa de juro implícita total desceu para 4,277%, registando uma redução de 8,5 pontos base face ao mês anterior.
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro foi ainda mais baixa, situando-se em 3,533%.
O valor médio da prestação mensal manteve-se estável em 404 euros, sendo que 59% desse montante (237 euros) correspondem a juros e 41% a amortização de capital.
A variação das taxas de juro implícitas deve-se a fatores como:
Política monetária: Decisões do Banco Central Europeu (BCE) sobre taxas de referência influenciam diretamente os juros aplicados pelos bancos.
Perfil do contrato: Contratos mais recentes tendem a ter condições distintas, dependendo da evolução das taxas de mercado.
Montante em dívida: Quanto maior o capital em dívida, maior o impacto dos juros no cálculo da taxa implícita.
Por exemplo, para um contrato assinado em julho de 2024, com um capital em dívida de 136.287 euros, a taxa de juro implícita foi de 3,533%, enquanto contratos mais antigos têm taxas mais altas devido a condições de mercado diferentes à época da celebração.
A redução das taxas de juro implícitas pode aliviar o esforço financeiro das famílias, mas outros fatores também devem ser considerados:
O capital médio em dívida aumentou em outubro de 2024 para 67.692 euros, mais 406 euros que no mês anterior.
Nos contratos mais recentes, a prestação média mensal subiu para 634 euros, refletindo o aumento do valor médio financiado.
Dicas para quem vai contratar crédito à habitação
Compare propostas: Diferentes bancos oferecem condições distintas. Fique atento à TAEG e às condições de revisibilidade da taxa de juro.
Negocie condições: Solicite melhorias em comissões ou spreads para reduzir o custo total.
Conclusão
As taxas de juro implícitas são um reflexo importante do esforço financeiro envolvido no crédito à habitação. Em outubro de 2024, os indicadores mostram uma ligeira melhoria para os mutuários, embora o aumento do capital médio em dívida possa equilibrar parte dos benefícios.
Fonte: infobank.pt